Woof, Nerds de Plantão!!!!!
Hoje no Bear Nerd, uma entrevista mais do que especial, EXCLUSIVA, com Greg Pak, o phodástico escritor de diversos títulos da Marvel Comics como Hulk, Tropa Alfa, O Incrível Hércules e X-Treme X-men! Nessa entrevista ele fala sobre as ideias da série, o casal Howllet/Hércules, a reação dos fãs e o futuro da série.
BN- Vamos começar falando sobre Exalted. Tivemos gratas surpresas nesse arco: Além de brincar com realidades alternativas, tivemos o retorno da Tempestade de moicano, de um Noturno mais jovem, Ciclope e Wolverine – quer dizer Howlett – atuando novamente juntos. O que foi essa saga para você? A intenção já era transferir esses personagens para um título próprio? Como foi a transição do arco “Exalted” para o gibi mensal “X-Treme X-Men”?
Quando Nick Lowe, editor dos X-Men, e eu começamos a conversar sobre usar X-Men de realidades alternativas em meu arco de “Astonishing X-Men”, ele mencionou a possibilidade de fazer mais alguma coisa com essa equipe que estávamos criando. E, alguns meses depois, estávamos seguindo em frente com o gibi “X-Treme X-Men”!
O maior desafio em fazer a transição do arco em Astonishing para X-Treme foi como preparar o terreno para não confundir leitores novos – Afinal, nós tínhamos personagens de cinco realidades diferentes. Então nós gastamos um tempo estabelecendo nossa protagonista, Cristal, no “nosso” universo, o que eu acho que ajudou a solidificar a história. E tínhamos a vantagem de a maior parte do elenco ser de versões alternativas de X-Min bem conhecidos.
Mesmo assim, uma técnica que eu adotei foi ser tão direto quanto possível, tão cedo quanto possível, em cada edição, sobre o que exatamente está acontecendo. Legendas identificam os personagens quando eles aparecem e durante as primeiras páginas, eu me asseguro de que alguém fale qual é a missão atual em termos bem claros. Quanto mais louca for a história, mais importante é ajudar o leitor a se sentir confortável.
BN – Vamos falar sobre James Howlett. Como foi pegar um ícone como o Wolverine e criar uma versão gay, e ainda por cima com um suposto romance com Hércules? Como foi a reação dos fãs? A comunidade LGBT se pronunciou a respeito? Aqui no Brasil o título ainda não é publicado, mas quem teve acesso às versões digitais e notícias em fóruns e no artigo do nosso site, algumas pessoas agiram negativamente.
A ideia de estabelecer Howlett como um homem gay me ocorreu enquanto eu estava concluindo o arco em “Astonishing” e preparando “X-Treme X-Men”. Eu nunca havia visto um personagem gay nos quadrinhos mainstream que fosse exatamente como Howlett, e já que estamos fazendo um gibi sobre realidades alternativas, por que diabos não investir na ideia? Hércules foi o personagem perfeito como interesse amoroso por que já havíamos sugerido que Howlett tinha ligações com o místico/divino (em “Astonishing”, ele menciona que era o enviado de Sua Majestade a Shangri-La). E, claro, quando eu estava escrevendo “Incredible Hercules” com Fred Van Lente, nós seguimos os mitos gregos e sugerimos que Hércules teve encontros homoeróticos ocasionais.
Eu adoro Howlett e Hércules como um casal. Eles se equilibram lindamente – Howlett é mais reticente e até um pouco tímido, e Hércules é exuberante e chamativo.
BN – Vocês receberam muitas reações dos fãs, ou da comunidade LGBT? Alguma reação negativa?
Nós não fizemos um alvoroço com a revelação – Simplesmente, deixamos os fãs descobrirem. E tem sido um grande barato. Eu recebi tantos tweets bacanas de fãs que amam esses personagens tanto quanto eu. E alguns fãs tem desenhado seus próprios Hercules e Howletts, o que é adorável (e ocasionalmente, explícito, então cuidado se você jogar no Google). A coisa toda tem sido muito divertida, e eu sou imensamente grato aos fãs que abraçaram esses personagens.
Eu não vi nenhuma reação negativa – Só muito amor, o que é toda a razão de ser desses personagens, no final das contas.
BN – Pode-se dizer que o casal Hercules/Howlett é o primeiro casal ursino das HQs de heróis. Além de fugir do estereótipo frágil, ainda mostrou personagens mais maduros. Essa abordagem foi proposital? Você tinha conhecimento da comunidade ou da cultura ursina? O quanto da relação deles será explorado?
Eu conhecia o termo “urso”, mas não estava pensando nisso enquanto escrevia os personagens. Ambos são personagens com os quais eu trabalhei bastante ao longo dos anos, em uma realidade ou em outra, e eles pareciam perfeitos um pro outro. Eu sempre gosto de quebrar estereótipos, e parte da graça em escrever esse casal em particular é que eles são definitivamente diferentes de outros casais nos quadrinhos, gays ou heterossexuais.
BN – Falando nisso, você tem bastante experiência com o Hércules, tendo escrito muitos gibis com ele ao longo dos últimos anos. Como isso o influencia (se é que influencia) para escrever essa versão do personagem, em particular? Você tem uma afeição especial por esse personagem?
Eu amo o Hércules. Amo amo amo. Ele é um personagem fantasticamente divertido de escrever, e eu acho que é por ele ter uma decência fundamental combinada com praticamente nenhum controle dos seus impulsos. Ele vai lá e faz o que tem que fazer, joga tudo na mesa, com um grande, bem-intencionado e auto-depreciativo senso de humor. Eu acho que a maioria de nós provavelmente gostaria de ser um pouco assim.
E ele tem barba. Mais barbas nos quadrinhos são sempre uma coisa boa. 🙂
(N.E. : NÓS TAMBÉM ACHAMOS!)
BN – Nós sabemos que UM Hércules aparece no #9 e, pela capa do #12, que ele vai fazer parte da equipe (estamos cruzando os dedos pra que ele seja O Hércules).
Isso, o Herc é uma parte importante da equipe agora. Nós precisávamos de um peso-pesado, não é? Às vezes você pode olhar pra silhueta de uma equipe e ter uma ideia de como tudo está funcionando. E o Herc tem uma silhueta que o grupo definitivamente estava precisando.
BN – Levando em conta a liberdade que as realidades alternativas dão ao escritor, quem mais podemos esperar que se junte à equipe?
Eu adoro a imagem do grupo que Kalman desenhou pra cara do #12, e acho que, na verdade, a equipe atingiu o tamanho certo agora.
BN – Nós sabemos que está chegando um crossover, com “Astonishing X-Men” e “Era do Apocalypse”. O que você pode nos dizer sobre a história?
Se chama “X-Termination”, e é uma história grande, perigosa, com uma ameaça do multiverso que começa com alguns problemas criados pelo Noturno da Era do Apocalypse. Tem sido um barato construir essa história com Marjorie Liu, escritora de “Astonishing”, e David Lapham, escritor de “Era do Apocalypse”. A equipe de X-Treme vai encarar alguns desafios enormes, e as histórias emocionais dos nossos personagens vão atingir seu auge, então não se atrevam a perder!
BN – Finalmente, MUITO obrigado por ter conversado com a gente, Sr. Pak, ficamos honrados. O palco é seu, agora, há algum outro projeto sobre o qual você gostaria de falar? Alguma mensagem pros seus fãs brasileiros?
Muito obrigado, pessoal! Pra quem tem iPad, deem uma conferida no aplicativo da minha graphic novel “Vision Machine” pro iPad. É uma grande história de ficção científica com trilha sonora de voz e musical, animação e uma porrada de extras interativos. A arte do gibi é do brilhante desenhista brasileiro RB Silva. O link é esse aqui: http://bit.ly/visionmachine
Eu tenho vários projetos grandes engatilhados, me sigam no Twitter em http://twitter.com/gregpak e no meu site no endereço http://www.gregpak.com, pra saber das novidades.
E obrigado pra todo mundo que tem lido o meu material. Vocês fazem toda essa loucura possível, adoro vocês!
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