Woof, berds!
Hoje no Bear Nerd trazemos quatro recomendações de hqs da Liga da Justiça para você que quer acompanhar os maiores heróis da DC e não sabe por onde começar.
ByM
LIGA DA JUSTIÇA – NOVOS 52 – Origem
Em 2011 a DC Comics rebootou o seu universo e sua linha editorial na iniciativa conhecida como NOVOS 52. Jim Lee e Geoff Johns ficaram responsáveis pelo título da LIga da Justiça, apresentando as novas versões do time composto por Superman, Mulher-Maravilha, Batman, Flash, Aquaman, Lanterna Verde e Ciborgue, a nova aquisição do grupo, ganhando o status de membro fundador.
A história inicial apresenta os personagens, rechaçando uma invasão do planeta Apokolips, que aqui é liderada pelo próprio Darkseid. A combinação do texto ágil de Geoff Johns com a arte dinâmica de Jim Lee traz uma ótima história de origem, com ótimos diálogos e belas sequências de ação. Eu gosto de Origem pelo clima de ser um gibi divertido e de reapresentar esses personagens icônicos para uma nova geração.
Curiosidade: “Origem”, serviu de base para o longa animado LIGA DA JUSTIÇA – GUERRA, em 2013:
James
O Reino do Amanhã
Em 1994, a Marvel lançou uma mini-série pintada em estilo ultra-realista, que lançava um olhar nostálgico sobre o passado dos personagens da editora, revisitando momentos icônicos através do olhar de um fotógrafo do Clarim Diário. “Marvels” foi um suceso absoluto e catapultou seus autores, o roteirista Kurt Busiek e o artista Alex Ross, à estratosfera de estrelas do quadrinho americano.
Dois anos depois, a DC Comics publicava sua “resposta”, na forma da mini-série “O Reino do Amanhã” (“Kingdom Come”, no original). Com arte magistral do mesmo Alex Ross, agora trabalhando em parceria com o roteirista Mark Waid, a mini-série mostra um futuro sombrio para o Universo DC.
Os anos 1990 foram a década dos heróis “ultra-machos”, porradeiros, atormentados e hiper-violentos, com suas armas de fogo impossíveis, milhares de bolsos e pochetes, dentes perpetuamente arreganhados e um senso geral de que o heroísmo clássico era uma coisa ultrapassada. Foi a década que nos deu Deadpool, Cable, TRÊS gibis mensais do Justiceiro, infinitos one-shots e mini-séries do Wolverine, o Superman de mullets e a Mulher-Maravilha de jaqueta. Reino do Amanhã é uma clara reação dos autores às sensibilidades que reinavam nos quadrinhos gringos naquele momento.
A história nos mostra um mundo onde os heróis clássicos se recolheram na obscuridade (como o Superman) ou passaram a atuar de forma pontual em suas cidades (como o Batman ou o Flash), deixando a batalha contra o mal nas mãos de uma geração de heróis jovens, descuidados e irresponsáveis. O estopim para essa situação foi o exílio auto-imposto do Superman.
A partir dessa premissa, o leitor vai sendo apresentado ao universo da mini-série, bem como ao conflito que se desenha e vai desembocar no inevitável confronto não só entre a velha e a nova geração de heróis, mas entre as filosofias diferentes dos heróis da velha guarda sobre como lidar com o problema. Em um determinado ponto do primeiro ato, o Superman retorna, trazendo consigo vários de seus antigos colegas, formando uma nova Liga da Justiça. E está armada a treta.
O ponto alto óbvio da série é a arte ESTONTEANTE de Alex Ross. Não apenas suas páginas são lindas e seus heróis são imponentes e impressionantes, o olho de Ross para o design é imbatível. Tanto as versões repaginadas de heróis clássicos quanto o visual dos personagens novos são um banquete visual, e esse é o gancho que fisga o leitor logo de cara. Claro que a DC contava com isso quando contratou o cara que trouxe Marvels à vida.
Mas o roteiro de Reino do Amanhã também é um desbunde – Mark Waid, a partir de conceitos criados por Ross, desfralda um mundo familiar mas, ao mesmo tempo, completamente novo, estabelecendo com eficiência as relações entre os personagens e as pontas do conflito central da série. Os diálogos também são um ponto forte do escritor. Assim como Busiek fez em “Marvels”, o “Reino do Amanhã” de Waid também conta com um personagem humano incumbido da função de guiar o leitor por esse universo. O Reverendo Norman McKay, baseado no pai de Ross, testemunha os eventos que se desenrolam enquanto serve de âncora moral e humana para o Espectro, entidade sobrenatural que irá julgar os acontecimentos no desfecho do conflito. Ambos os personagens assistem ao mesmo tempo em que comentam a história e servem como olhos, para o leitor, dentro desse mundo.
“Reino do Amanhã” não é oficialmente uma história da Liga da Justiça, mas merece figurar em qualquer lista que recomende histórias do grupo pela maneira como reinterpreta os heróis da nossa infância e nos prende até a última página com um conflito cativante e uma arte absolutamente hipnótica. Já foi publicada algumas vezes no Brasil – Originalmente, pela Editora Abril e, mais recentemente, pela Panini, numa bela edição definitiva. Vale muito a pena correr atrás.
Liga da Justiça – Terra 2
Em 1964, em plena Era de Prata dos quadrinhos americano, a revista Justice League of America #29 apresentava ao público o Sindicato do Crime da América. Baseados na Terra-3 do multiverso DC, o Sindicato consistia de versões malignas dos heróis da Liga da Justiça: Ultraman, Superwoman, Homem-Coruja, Jonnie Quick e Anel Energético.
20 anos depois, a Crise nas Infinitas Terras apagou o Multiverso DC, e o Sindicato foi uma das primeiras vítimas do Antimonitor e sua onda de anti-matéria… até Grant Morrison resolver tirar a equipe do limbo, dar uma espanada na poeira e nos apresentar a uma nova versão dos vilões na graphic novel LJA – Terra 2, em setembro do ano 2000.
A graphic novel foi o ponto final do ESPETACULAR trabalho de Morrison com a Liga da Justiça. De 1997 a 2000, o roteirista capitaneou o gibi mensal do principal grupo de heróis da DC, com uma abordagem que centrava a ação nos “7 Grandes” personagens da editora – Mulher-Maravilha, Superman, Flash, Lanterna Verde, Aquaman, Caçador de Marte e Batman.
Trabalhando mais uma vez com o genial artista Frank Quitely, seu colaborador frequente, Morrison nos apresenta uma versão atualizada do Sindicato do Crime. Mais cínicos, imorais e psicológicos do que suas encarnações originais, os vilões do Sindicato se mostram tão surpresos e perturbados com a existência de uma “Liga da Justiça” quanto a Liga ao se deparar com versões malignas de si mesmos. E é uma ironia muito bacana que, no gibi, a Terra dos heróis seja a “Terra 2” do título, e não o contrário.
É importante dizer que o mundo do Sindicato do Crime não é tão diferente assim do nosso mundo real, e que essa dualidade entre as duas Terras só funciona naquela onda maniqueísta dos quadrinhos de heróis. O leitor tem que comprar que o Mundo da Liga da Justiça (ou seja, o “mundo real”) é o mundo onde “o bem sempre vence”. Mas, tirando essa ressalva, a história que a dupla Morrison/Quitely apresenta é sensacional, super-heróis da melhor qualidade!
O gibi é recheado de momentos marcantes e pequenas gags de fundo e easter eggs. Preste atenção nos troféus no QG do Sindicato do Crime, ou na movimentação nas ruas da cidade. A arte de Quitely é EXTREMAMENTE sofisticada, sempre tem alguma coisa acontecendo e a linguagem corporal de seus personagens conta muito da história. Toda a Liga tem um momento ao sol e, particularmente no terceiro ato, quando o Caçador de Marte e Aquaman, que não tem contraparte no Sindicato, entram na ação, a coisa fica MUITO boa. Outro ponto alto é o Lex, perdão, ALEXANDER Luthor da Terra 1. Uma excelente virada num personagem clássico e, por que não dizer, até batido. Em tempos de Jesse Eisenberg, é um bálsamo para a alma, praticamente…rs
Terra 2 foi publicada no Brasil pela Ed. Abril e, mais recentemente, pela Eaglemoss, na série de graphic novels da DC. Recomendo muito a leitura!
Wally
Liga da Justiça – Nova Ordem Mundial
Ah, os anos 90!
Muita gente tem enraizado na cabeça que foi uma década assolada apenas pelas piores coisas quando o assunto é HQs. A mal fadada Era Image dos Quadrinhos. E teve muita coisa ruim realmente.
Mas os DCNautas viram muitas coisas boas!
A solidificação dos nomes de Wally West, Kyle Rayner e Jack Knight.
A Sociedade da Justiça retomando seu lugar.
Sagas Épicas que mesmo com momentos duvidosos, abalaram não só os fãs de HQS: o público em geral foi afetado por “A Queda do Morcego” e “A Morte do Superman”.
E não exagero ao dizer que o maior momento veio com JLA!
A nossa amada e divertida Liga da Justiça da dupla Giffen/DeMatteis, conhecida por essas bandas como a Liguinha, não existia mais… Os títulos em que ela se dividiu, Justice League of America, Justice League Task Force e Extreme Justice, eram medíocres quando muito, e as vendas só despencavam. Algo precisava mudar. A Liga precisava ser grande de novo.
E Grant Morrison veio cuidar disso!
Acompanhado pelos desenhos de Howard Porter, Morrison nos entrega um roteiro coeso, extremamente bem amarrado, e acessível a qualquer leitor, seja um novato ou um fã ávido por ter novamente qualidade nas histórias da Liga.
Com um ar épico e urgente, mas carregado com humor (olha só!) e ação absurda, Morrisson nos entrega uma Liga consciente do seu papel como os Maiores Heróis do Mundo buscando cumprir essa funçãoao mesmo tempo que um grupo de ditos novos heróis chega a Terra questionando o papel da equipe e colocando a importância da Liga e dos heróis do nosso Planeta em xeque.
Não vou dar detalhes da história, vocês precisam ler.
Mas Morrison nos entrega interações espetaculares e formata os personagens de uma forma tão incrível, que pra vários deles vale até hoje a roupagem dada pelo autor.
Nos EUA, saiu em JLA 1 a 4.
No Brasil, no formatinho em Os Melhores do Mundo 9 a 12, e pela Panini, num encadernado lindo, contando também com as edições 5 a 9 de JLA, atualmente fora de catalogo.
E vc, Berd, que gibi da Liga vc recomenda? Deixe nos comentários!
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Uma resposta
Liga da Justiça do Giffen-Maguire. Imbatível. 😀